1- Quando é que iniciou esta parceria da Field Systems com a Sociprime? E qual o objetivo?
A parceria com a Sociprime começou antes da criação da Field Systems. Em 2017, a Webteam, empresa de que sou sócio, foi convidada para desenvolver uma solução à medida para as equipas de promotores da Samsung Portugal. Decidimos então juntar uma equipa mista entre a Sociprime e a Webteam para que se aproveitasse o profundo know how do negócio das pessoas da Sociprime com o conhecimento técnico das pessoas da Webteam e metemos as mãos à obra. Conseguimos, por via desta abordagem, uma solução final que correspondia às melhores expectativas do cliente.
Esse projeto levou a outros com a mesma abordagem e felizmente também com sucesso. Como consequência natural e lógica de uma parceria de sucesso, decidimos o óbvio: em conjunto com a Sociprime, apostar na criação de uma nova empresa dedicada ao desenvolvimento de software especifico para estes mercados do grande consumo, primeiro para o mercado Português e mais tarde para os mercados internacionais.
2- Qual a importância para os negócios do acesso à informação detalhada e em tempo real das equipas no terreno?
Hoje em dia é fundamental o acesso à informação em tempo real, pois permite agir em tempo útil, retificar situações de forma a mitigar problemas e ao mesmo tempo, maximizar o esforço de todas as equipas envolvidas. Uma empresa que não tem os dados em tempo real, poderá estar a perder vendas.
3- Quais as áreas de atuação dos clientes onde é possível desenvolver software à medida?
Basicamente em todas as áreas. Os produtos de software devem adaptar-se aos processos e necessidades dos clientes. Esse é o lema da Field Systems. Os nossos clientes são quem conhece melhor os seus negócios, não devemos impor-lhes soluções estanques que imponham alterações dos seus processos. Podemos desenvolver de raiz ou partir de uma base de um produto já desenvolvido adaptando o mesmo às suas necessidades.
4- Quais os desafios que prevê nesta área tecnológica para o futuro da Sociprime?
Existem para mim três vetores principais:
O primeiro, para um futuro de curto prazo será passar a mensagem de forma correta. Temos de debelar a falta de perceção da necessidade de tecnologia por parte dos clientes. Ainda muitos não reconhecem o valor que a aplicação da tecnologia certa – e não uma qualquer - poderá trazer às suas operações. Muitos acham que a aposta em software é cara e desnecessária, quando na verdade é totalmente o oposto, permitindo alcançar mais eficiência económica devido à melhoria na eficiência dos processos.
O segundo desafio passa pelos recursos humanos. Terá que ser uma aposta constante nas pessoas com formação na área da tecnologia e ter capacidade de reter talento.
O terceiro desafio será a inovação. Teremos de andar dois passos à frente para ter a solução preparada para servir os nossos clientes. Para tal teremos de ter uma aposta em produtos inovadores que permitam cumprir essa premissa.
Miguel Perry | CEO Field Systems
www.fieldsystems.pt